Pombal, cidade do centro de Portugal, será par sempre marcada por uma figura emblemática e maior do século 18, o Marquês de Pombal. Sebastião José de Carvalho e Melo governou Portugal com uma mão de ferro, levando o país para a modernidade praticamente à força, o que lhe deu muitos inimigos.
Pombal quis honrar o seu mais celebre cidadão, com um museu, que retrate as grandes etapas da sua vida, e nos apresente um retrato da vida como ela podia ser no século XVIII.
O museu ocupa um espaço emblemático da cidade, a Cadeia Velha, situada na praça do Marquês de Pombal, no coração do centro histórico. O museu foi inaugurado a 8 de maio de 1982, graças ao espólio doado pelo antiquário pombalense Manuel Gameiro.
A Câmara Municipal escolheu em 2004 de dar valor como deve ser a este tesouro tão importante, utilizando a Cadeia Velha, que tinha perdido a sua função primeira, com este novo uso. Este novo espaço é doravante muito mais adaptado à apresentação das coleções, mas também da visita, um verdadeiro contraste com o antigo museu, situado no que foi outrora um convento, hoje Paços do Concelho.
As coleções do museu apresentam-se em cinco salas temáticas. A mais importante é constituída por livros de época, sendo o mais antigo datado de 1717. Iremos encontrar livros que criticam ou louvam o Marquês, consoante o livro era escrito por um opositor ou um apoiante de Sebastião José de Carvalho e Melo. Também encontraremos numerosos documentos legislativos e documentos emocionantes, manuscritos do próprio Marquês.
É um pequeno museu, que merece o desvio se passar por Pombal. Aprendemos mais alguma coisa sobre esta época charneira de Portugal, uma época onde o país queria modernizar-se como os países do norte, mas que ainda era alvo de um imobilismo de fações mais conservadores, para não dizer retrogradas.
A queda do Marquês foi, penso eu, a queda de Portugal, uma recusa da modernidade e do desenvolvimento. Mas isto é uma outra história, que será retratada um dia de maneira mais exaustiva, como deve ser, em Descobrir-Portugal.com