Lisboa é uma capital de este mundo, e, como qualquer grande cidade, tem sorte por ter um metro.
O metro, o meio de transporte do citadino, veio melhorar, e bastante, a qualidade de vida de muita gente, que o utiliza todos os dias. Mas como em qualquer lugar publico, onde se passa muitas horas a viajar, o ambiente, a decoração é muito importante, e claro, as acessibilidades e a simplicidade de uso. O metro de Lisboa é um muito bom exemplo de metro moderno, bem pensado e agradável.
Já tinha falado um pouco do metropolitano no meu artigo sobre a estação de Picoas, vamos agora um pouco mais além, e ver mais em pormenor ao que se poder parecer o dia à dia no metro da capital de Portugal.
Inaugurado em 1959, é um dos metros mais recentes para uma capital europeia. Na altura, só havia uma linha em Y, que podemos comparar às 4 linhas da atualidade. O metro de Lisboa está sempre em expansão, com novas estações todos os anos. Foi em 1998, com a Expo, que o metro se desenvolveu mais, com a inauguração de uma linha nova, e novos nomes para as linhas existentes, com uma nova identidade gráfica.
Em Lisboa, as 4 linhas são todas conhecidas por uma cor determinada, e representadas por um elemento em relação com a cidade. A linha Azul, ou linha A, é representada por uma gaivota, a linha Amarela, ou B, representada por um girassol, a linha Verde, ou C, por uma caravela e finalmente, a linha Vermelha, ou D, representada pelo Oriente.
Aprecio bastante a qualidade do trabalho, sendo eu próprio designer gráfico. Esta vontade de dar uma alma a cada linha resulta muito bem.
O tipo de letra escolhido, Metrolis, foi encomendada de propósito pelo metro de Lisboa. São sem duvida letras muito bem desenhadas, que simplificam a orientação nos subterrâneos lisboetas. Sempre acompanhadas do bom pictograma, da boa sinalização, da boa placa de direção.
O metro mesmo foi bem concebido. Quando se chega por exemplo à estação Marquês de Pombal, o que me fez prazer, foi de ver uma larga entrada e largos corredores, que deixam espaço para toda à gente: não é preciso empurrar ou andar aos encontrões, como acontecia-me tantas vezes em Paris.
Para comprar um bilhete, é um pouco como em todo o lado: na bilheteira automática. Os invisuais não foram esquecidos, e podem comprar o bilhete com simplicidade. Não se esperava menos de um metro completamente renovado e sempre em expansão. Os bilhetes utilizam a tecnologia RFID: tecnologia sem contacto, basta passar com o bilhete por cima de um detetor, que abre as portas se o bilhete for válido.
Para aceder ao cais, temos escadas rolantes nos dois sentidos, conjuntamente com elevadores. Tudo é muito moderno, impecável e limpo. Nota-se um grande cuidado na iluminação e na decoração, feita por artistas. Vamos encontrar bastante elementos típicos da arquitetura portuguesa, como os azulejos, por exemplo, ou elementos decorativos que lembrem o nome da estação, como este marquês nas paredes da estação do Marquês de Pombal…
Quando se espera pelo metro no cais, pode-se olhar para um painel eletrónico que indica o tempo que falta para estar à espera. O comboio é tudo o que há de mais clássico, mas muito funcional: podemos ir de uma ponta à outra, as carruagens não estão separadas, o que é um enorme ganho de espaço. Penso que os lisboetas podem sentirem-se orgulhosos do seu metro, que só peca pela sua pouca extensão, muitos bairros históricos e populosos não tendo (ainda) uma estação.