Uma povoação fora do tempo, um pouco isolada, conservou sempre as suas características rurais, como antigamente, mesmo em pleno século XXI.
O Porto, uma das mais antigas cidades da Europa, habitada à milhares de anos, respira o urbanismo antigo, com as suas ruelas, as suas largas avenidas, ou a sua densa circulação automóvel. Mas apesar disso, no meio da cidade, a dois passos dos jardins do Palácio de Cristal, podemos encontrar um cantinho de aldeia.
Uma povoação fora do tempo, um pouco isolada, conservou sempre as suas características rurais, como antigamente, mesmo em pleno século XXI. Foi a surpreendente descoberta que fizemos, durante um passeio “à sorte” pelas ruas do Porto.
A cidade do Porto foi construída nas margens do Douro, com colinas bastante acentuadas. Numa cidade assim, com muitas colinas, não é muito fácil circular, mas lá de cima, a vista é sempre bonita, que seja sobre Gaia, sobre o rio e o mar, ou até mesmo a cidade do Porto.
Passeando um pouco por esses caminhos em altura, acaba-se por chegar a esta autentica aldeia, um pouco isolada pela sua situação, na encosta da colina. Acho incrível que num lugar tão central da cidade, com uma vista tão bonita sobre a ponte e o mar, se possa encontrar casinhas de aldeia, no meio de campos cultivados. Couves, árvores com frutas, feijões, roupa estendida ao ar livre… tenho a sensação de olhar para a antiga casa dos meus avós!
O passado… bem presente!
Campo do Rou era mesmo uma aldeia no século XIX, e continuou a ser, apesar do grande desenvolvimento comercial e industrial do Porto por essa altura. Integrada na freguesia de Massarelos, do concelho do Porto, Campo do Rou é um daqueles bairros cheios de beleza de uma das mais belas cidades de Portugal.
Para quem não sabe, parece que “rou”, lá no norte, quer dizer “xiu”, ou seja, para se pedir silencio. O Campo do Rou seria assim o “Campo do Silencio”… imagino que não se fazia por lá muito barulho. A travessa do Rou, principal via da “aldeia” está integrada no “passeio romântico” da cidade do Porto, com sinalética, indicando-nos um pouco da história do lugar…